Brics se reúne em Campinas para visitar Sirius e consolidar parceria para compartilhar tecnologias

Brics se reúne em Campinas para visitar Sirius e consolidar parceria para compartilhar tecnologias

Representantes do Grupo de Trabalho dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) sobre Infraestruturas de Pesquisa e Projetos de Megaciência se reunem nesta quinta (1) e sexta-feira (2), em Campinas (SP), para consolidar criação de uma plataforma de compartilhamento de tecnologias dos principais laboratórios dos cinco países. O encontro vai ocorrer no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM).

Até 25 laboratórios devem fazer parte da plataforma, segundo adiantou o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), que tem vínculo com o CNPEM. O Sirius é um acelerador de partículas que funciona como um supermicroscópio.

Recentemente, o presidente Michel Temer (PMDB) também esteve em Campinas para conhecer a estrutura, que ainda depende do investimento de R$ 200 milhões para ser finalizada.

Um dos objetivos da parceria é facilitar o acesso a tais tecnologias, uma vez que são infraestruturas caras e difíceis de serem construídas, segundo a Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCTIC.

O modelo de operação do compartilhamento, com o estabelecimento de regras, será definido durante a visita a Campinas. Um portal na internet deverá facilitar o acesso dos pesquisadores e de indústrias às infraestruturas tecnológicas disponibilizadas pelos Brics.

Os representantes dos Brics visitarão, além do objeto de estudo Sirius, os demais laboratórios com tecnologia de ponta do CNPEM. São eles: Laboratório Nacional de Biociências (LNBio), Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE), Luz Síncrotron (LNLS) e Nanotecnologia (LNNano).

O grupo

O Grupo de Trabalho dos Brics foi criado em maio de 2017 quando o primeiro encontro entre os países ocorreu na Rússia. No entanto, eles se relacionam científica e tecnologicamente desde 2014.

O bloco aponta que tem como objetivos a melhoria da qualidade de vida, a necessidade de crescimento econômico inclusivo, a criação de emprego e a sustentabilidade. O esforço colaborativo procura fornecer soluções para esses problemas e servir de modelo para o resto do mundo.

Segundo o Ministério, o Brasil se propõe a franquear o acesso de pesquisadores à fonte de luz síncroton Sirius, que está em fase final de obras e será a maior e mais complexa infraestrutura científica já erguida no país.

Além, dela, o país também deve contribuir com o Navio de Pesquisa Hidroceanográfico Vital de Oliveira; o Laboratório de Integração e Testes do Inpe (LIT), em São José dos Campos (SP); o Observatório de Torre Alta da Amazônia (Atto), em São Sebastião do Uatumã (AM); e o supercomputador Santos Dumont, em Petrópolis (RJ).

Fonte: G1


Publicado em: 01/03/2018 11:44:37